PSP vai evitar passar multas como forma de protesto

Quatro sindicatos da PSP em com a ministra vão apelar a 23 mil agentes para não serem repressivos a partir de 24 de agosto.

Lisboetas e habitantes de todas as cidades sob a supervisão policial da PSP anotem a data 24 de agosto (próxima segunda-feira). A partir dessa data e até ao final de setembro, 23 mil agentes poderão atender ao apelo de quatro sindicatos para pura e simplesmente evitar passar multas de trânsito ou incomodar os cidadãos com contraordenações. O DN sabe que, na prática, é isto que significa o apelo deixado ontem pelos dirigentes sindicais Paulo Rodrigues e Mário Andrade, que incentivaram os polícias a serem "pedagógicos" em vez de "repressivos", garantindo que não se trata de greve de zelo pois isso seria ilegal.

Mário Andrade, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP), lembra que esta medida já foi tomada há uns oito anos mas "nunca por tanto tempo". Na época foi uma semana, agora propõem que seja mais de um mês. Os cidadãos, muito provavelmente, agradecem.

Esta é uma das iniciativas de protesto que foram decididas ontem na reunião de emergência que congregou os quatro sindicatos da polícia (ASPP, SPP, SIAP e SVCP) que assinaram o memorando com o governo por causa do estatuto profissional e estão agora em com a ministra por ainda não ter sido aprovado o diploma. São quatro sindicatos que representam 80% do efetivo mas que têm contra eles seis outros sindicatos da polícia que estão contra o estatuto, entre os quais o Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP) - que representa os comandantes e os diretores da Direção Nacional da PSP.