Raide com 200 inspectores da PJ visou corrupção nos centros de inspecção automóvel

A operação “Roda Viva” da Polícia Judiciária, ainda em curso, fez esta terça-feira 19 detidos por crimes de corrupção em centros de inspecção automóvel, entre os quais três funcionários da própria PJ.

Não se trata de uma rede nem um esquema organizado que liga todos estes suspeitos. Em causa estão várias situações distintas que estavam referenciadas pela polícia e que foram incluídas no raide que a PJ levou a cabo nalguns concelhos da Grande Lisboa, como Sintra e Odivelas.

Quase 70 buscas e 200 inspectores foram para o terreno à procura de provas de corrupção em centros de inspecção automóvel, como contrapartidas dadas por representantes de oficinas em troca da avaliação positiva dos automóveis que passavam por pequenas quantias em dinheiro, mas também, por exemplo, pela oferta de almoços e jantares.

Entre os detidos está um inspector da Unidade de Combate à Corrupção, actualmente colocado na área da moeda falsa, que na sua vida privada tem ligações a uma oficina automóvel. Os outros dois membros da PJ, elementos do núcleo de segurança, têm ligações à mesma oficina.

Os restantes 16 detidos são todos funcionários ou proprietários de oficinas e centros de inspecção e no conjunto estão indiciados pelos crimes de corrupção activa e passiva, peculato, tráfico de influências e falsificação de documentos.