Portugueses trabalham mais 300 horas do que os alemães
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Portugueses trabalham mais 300 horas do que os alemães
Só tenho pena é que não tenhamos os mesmos ordenados
A jornada de trabalho em Portugal é uma das maiores da Europa desenvolvida, mas nem por isso a retribuição é maior.
Comparados com os alemães, os portugueses trabalham mais 324 horas todos os anos, mas levam para casa menos 7484 euros. De acordo com os números da OCDE, a jornada diária dos alemães é cerca de uma hora mais leve todos os dias comparada com a dos portugueses, mas como os salários e as regalias são superiores, os trabalhadores alemães saem largamente a ganhar.
A OCDE, que compara as horas trabalhadas em 2013 nos vários países que compõem a organização, mostra que os trabalhadores portugueses passam cerca de 1712 horas por ano no trabalho, o que dá cerca de 33 horas por semana. Este período é superior ao registado em 17 países que compõem a OCDE, como a Holanda, país com uma jornada menor (1380), Alemanha (1388), Noruega (1408), França (1489), Espanha (1665) ou a Islândia (1704).
O problema é que, além de trabalharem mais, os portugueses ganham menos. De acordo com os dados do Eurostat relativos a 2013, o custo laboral dos portugueses - aquilo que as empresas investem em salários, benefícios e descontos - era de 11,6 euros por hora de trabalho. O cruzamento dos dados mostra, assim, que, pelas 1712 horas, os portugueses custaram uma média de 19 859 euros.
É aqui que a diferença face à Alemanha ganha peso. Pelas 1388 horas trabalhadas, os alemães custaram 27 343,6 euros às suas empresas, mais 7484 para menos 324 horas.
Em todo o caso, os trabalhadores portugueses ainda ganham a países como o México onde se trabalha anualmente 2237 horas, a Coreia (2163 horas) ou a Grécia (2037 horas). Mas, até na Grécia, diz Bruxelas, o custo laboral excede o português, com 13,6 euros por hora.
Acontece que, a este peso desigual, acresce o peso dos impostos sobre o trabalho, que são, em Portugal, desde o "enorme aumento de impostos" de Vítor Gaspar, um dos maiores da Zona Euro. Por exemplo, o dia da libertação de impostos, ou seja, o dia em que os portugueses deixam de trabalhar para pagar ao Estado, está a chegar cada vez mais tarde e, este ano, só aconteceu a 6 de junho. Em 2011, este dia chegou a 29 de maio, o que ilustra a subida do peso da tributação desde o início da crise.
Ainda assim, o peso salarial em Portugal, especialmente no setor privado, foi uma das bandeiras da troika, durante o programa de assistência financeira. Os credores internacionais, em especial o FMI, sublinharam por diversas vezes que o custo do trabalho nas empresas ainda é elevado e que só a sua descida poderá aumentar a competitividade. Mas esta não é uma tendência que se observe na Europa.
O relatório do Eurostat relativo aos custos do trabalho mostra que, entre os países-membros, deu-se um aumento de 10,2% e, na Zona Euro, o crescimento dos custos do trabalho entre 2008 e 2013 foi de 10,4%. Em contraciclo, e fruto da pressão do ajustamento financeiro, o custo laboral em Portugal diminuiu 5,1% nestes cinco anos da análise, sendo que cada hora de trabalho valia, em média, os já referidos 11,6 euros.
Ou seja, a aproximação à Europa do Leste é cada vez maior. Boas notícias só mesmo quando se compara Portugal com países como a Bulgária, Roménia ou Lituânia, onde a retribuição ronda os cinco euros por cada hora trabalhada.
FONTE: 15/10/2014 | 10:00 | Dinheiro Vivo
Comparados com os alemães, os portugueses trabalham mais 324 horas todos os anos, mas levam para casa menos 7484 euros. De acordo com os números da OCDE, a jornada diária dos alemães é cerca de uma hora mais leve todos os dias comparada com a dos portugueses, mas como os salários e as regalias são superiores, os trabalhadores alemães saem largamente a ganhar.
A OCDE, que compara as horas trabalhadas em 2013 nos vários países que compõem a organização, mostra que os trabalhadores portugueses passam cerca de 1712 horas por ano no trabalho, o que dá cerca de 33 horas por semana. Este período é superior ao registado em 17 países que compõem a OCDE, como a Holanda, país com uma jornada menor (1380), Alemanha (1388), Noruega (1408), França (1489), Espanha (1665) ou a Islândia (1704).
O problema é que, além de trabalharem mais, os portugueses ganham menos. De acordo com os dados do Eurostat relativos a 2013, o custo laboral dos portugueses - aquilo que as empresas investem em salários, benefícios e descontos - era de 11,6 euros por hora de trabalho. O cruzamento dos dados mostra, assim, que, pelas 1712 horas, os portugueses custaram uma média de 19 859 euros.
É aqui que a diferença face à Alemanha ganha peso. Pelas 1388 horas trabalhadas, os alemães custaram 27 343,6 euros às suas empresas, mais 7484 para menos 324 horas.
Em todo o caso, os trabalhadores portugueses ainda ganham a países como o México onde se trabalha anualmente 2237 horas, a Coreia (2163 horas) ou a Grécia (2037 horas). Mas, até na Grécia, diz Bruxelas, o custo laboral excede o português, com 13,6 euros por hora.
Acontece que, a este peso desigual, acresce o peso dos impostos sobre o trabalho, que são, em Portugal, desde o "enorme aumento de impostos" de Vítor Gaspar, um dos maiores da Zona Euro. Por exemplo, o dia da libertação de impostos, ou seja, o dia em que os portugueses deixam de trabalhar para pagar ao Estado, está a chegar cada vez mais tarde e, este ano, só aconteceu a 6 de junho. Em 2011, este dia chegou a 29 de maio, o que ilustra a subida do peso da tributação desde o início da crise.
Ainda assim, o peso salarial em Portugal, especialmente no setor privado, foi uma das bandeiras da troika, durante o programa de assistência financeira. Os credores internacionais, em especial o FMI, sublinharam por diversas vezes que o custo do trabalho nas empresas ainda é elevado e que só a sua descida poderá aumentar a competitividade. Mas esta não é uma tendência que se observe na Europa.
O relatório do Eurostat relativo aos custos do trabalho mostra que, entre os países-membros, deu-se um aumento de 10,2% e, na Zona Euro, o crescimento dos custos do trabalho entre 2008 e 2013 foi de 10,4%. Em contraciclo, e fruto da pressão do ajustamento financeiro, o custo laboral em Portugal diminuiu 5,1% nestes cinco anos da análise, sendo que cada hora de trabalho valia, em média, os já referidos 11,6 euros.
Ou seja, a aproximação à Europa do Leste é cada vez maior. Boas notícias só mesmo quando se compara Portugal com países como a Bulgária, Roménia ou Lituânia, onde a retribuição ronda os cinco euros por cada hora trabalhada.
FONTE: 15/10/2014 | 10:00 | Dinheiro Vivo
Cristina Nogueira- Mensagens : 2322
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Re: Portugueses trabalham mais 300 horas do que os alemães
Somos mesmo inferiores em tudo na Europa! Mas os nossos politicos andam com melhor carros que os da Alemanha com certeza, há que manter as aparências
vespinha- Mensagens : 926
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Re: Portugueses trabalham mais 300 horas do que os alemães
Ainda dizem que o tuga não quer trabalhar e que trabalha pouco
JoãoDias- Mensagens : 282
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Re: Portugueses trabalham mais 300 horas do que os alemães
Ora aqui está uma boa noticia para ser reencaminhada ao sr. Belmiro de Azevedo, uma vez que há pouco tempo referiu exatamente o contrário, que os Alemães trabalhavam mais do que nós
tugazul- Mensagens : 1151
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