Veículos eléctricos: vendas em 2015 já ultrapassaram as do ano passado
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Veículos eléctricos: vendas em 2015 já ultrapassaram as do ano passado
O número de veículos eléctricos vendidos no país no primeiro trimestre de 2015 igualou a totalidade destes carros comercializados em 2014.
Entre 2011 e o final do ano passado não houve qualquer incentivo a esta prática, mas em 2015 a situação mudou. A Reforma da Fiscalidade Verde lançada pelo Governo passou a prever um incentivo ao abate dos veículos de combustão com mais de 10 anos, dando 4.500 euros para a compra de um veículo eléctrico (VE). E marcas como a BMW ou a Renault começaram a oferecer um desconto com o mesmo valor.
A implementação dos VE’s em Portugal começou em 2010, quando o Governo de José Sócrates lançou um plano ambicioso sobre a mobilidade eléctrica chamado MOBI-E. Foram dados incentivos fiscais a quem adquirisse este tipo de veículos: 5.000 euros e isenção de pagamento do Imposto Único de Circulação (IUC).
O primeiro posto de carga rápida (PCR) da Europa foi inaugurado na A5 ainda em 2010. A euforia era tal que a Nissan, um dos maiores players na área da mobilidade eléctrica, escolheu o Portugal para lançar o modelo ‘Leaf’.
Estas medidas foram abandonadas pelo actual Governo que, até ao início deste ano, não tinha apresentado trabalho na chamada ‘mobilidade verde’. Após o arranque inicial, o processo estagnou no país e cresceu exponencialmente noutras partes do mundo. Por exemplo, 15% dos veículos que circulam na Noruega são VE’s, onde a mobilidade eléctrica só chegou em 2012, ou seja, dois anos depois de Portugal – que se fica pelos 0,2 %.
Por mais recente e futurista que possa parecer, a história dos veículos movidos a electricidade iniciou-se há mais de um século, nos Estados Unidos e na Europa. Os primeiros veículos eléctricos com baterias de níquel tinham uma autonomia de cerca de 40 km e eram usados maioritariamente por senhoras.
Simultaneamente, circulavam veículos a vapor e de combustão – mas chegou a existir, nas cidades, um número superior aos restantes de veículos eléctricos. Com a revolução que o famoso modelo T da Ford impôs, a gasolina e apresentando-se como uma alternativa muito atractiva em termos de preço, houve uma total mudança no paradigma.
“Não há experiência igual à de conduzir um veículo eléctrico”
Lidar com a falta de postos de carga rápida (PCR) é, para Henrique Sanchez, a grande desvantagem dos VE’s. Neste momento, só há meia dúzia de PCR’s públicos no país e cerca de 1300 postos de carga lenta. Os PCR demoram cerca de 30 minutos a carregar o veículo, enquanto os de carga lenta chegam a demorar entre seis a oito horas, o que torna muito difíceis – senão impossíveis – as viagens mais longas. No âmbito do MOBI.E, chegaram a ser comprados 50 PCR’s que nunca foram instalados.
Este reformado bancário de 60 anos conduz um VE desde Novembro de 2011. “O que me levou inicialmente a procurar este tipo de carro foram as preocupações ambientais”. Actualmente, carrega o seu carro durante a noite, em tarifa bi-horária, o que o faz gastar cerca de 1.10 euros por 100 km. “Consigo perfeitamente fazer a minha vida diária com este carro. As pessoas têm a ideia de que deixamos de fazer coisas porque estamos limitados – é mentira. Apenas é necessária uma organização diferente: por exemplo, escolher um cinema que tenha um posto de carga ao pé.”
Apesar deste cuidado acrescido, para este utilizador as vantagens dos VE’s ultrapassam claramente as desvantagens. “Não há experiência igual à de conduzir um veículo eléctrico: sem cheiros, sem gases, sem poluição ambiental ou sonora. Ouvir música num VE é completamente diferente, passear dentro deste carro e ainda assim ouvir a natureza é impagável”.
O núcleo familiar de Henrique também se está a render aos VE’s. “A minha mulher também já conduz um carro eléctrico. Nestas férias, vou trocar de carro com o meu irmão por não haver PCR’s a caminho do Algarve – foi a alternativa que arranjei, mas pode ser que ele também se converta.”
Actualmente, há veículos eléctricos para os diferentes bolsos. Com 22.000 euros é possível comprar um VE. E, com 120.000, já se pode adquirir um Tesla, o melhor veículo eléctrico do mundo com uma autonomia de 500 km.
Henrique Sanchez não poupa elogios à mobilidade eléctrica e nem sonha em voltar atrás nesta opção. “Desde que fiz o test drive, na Páscoa de 2011, tive a certeza de que não voltaria aos veículos de combustão”.
Encontro Nacional de veículos eléctricos
Quem quiser passar pela mesma experiência, pode dirigir-se este fim-de-semana ao Parque das Nações, em Lisboa, onde terá lugar o encontro Nacional de Veículos Eléctricos e poderá, entre outras actividades, fazer test drives gratuitos à maioria de VE’s disponíveis no mercado português.
Desde 2012 que se têm realizado alguns encontros nacionais e regionais mas este será o maior até à data. Segundo a organização, já estão inscritos 170 veículos que se deslocarão até Lisboa com a promessa de que a emissão de gases será… zero.
Entre 2011 e o final do ano passado não houve qualquer incentivo a esta prática, mas em 2015 a situação mudou. A Reforma da Fiscalidade Verde lançada pelo Governo passou a prever um incentivo ao abate dos veículos de combustão com mais de 10 anos, dando 4.500 euros para a compra de um veículo eléctrico (VE). E marcas como a BMW ou a Renault começaram a oferecer um desconto com o mesmo valor.
A implementação dos VE’s em Portugal começou em 2010, quando o Governo de José Sócrates lançou um plano ambicioso sobre a mobilidade eléctrica chamado MOBI-E. Foram dados incentivos fiscais a quem adquirisse este tipo de veículos: 5.000 euros e isenção de pagamento do Imposto Único de Circulação (IUC).
O primeiro posto de carga rápida (PCR) da Europa foi inaugurado na A5 ainda em 2010. A euforia era tal que a Nissan, um dos maiores players na área da mobilidade eléctrica, escolheu o Portugal para lançar o modelo ‘Leaf’.
Estas medidas foram abandonadas pelo actual Governo que, até ao início deste ano, não tinha apresentado trabalho na chamada ‘mobilidade verde’. Após o arranque inicial, o processo estagnou no país e cresceu exponencialmente noutras partes do mundo. Por exemplo, 15% dos veículos que circulam na Noruega são VE’s, onde a mobilidade eléctrica só chegou em 2012, ou seja, dois anos depois de Portugal – que se fica pelos 0,2 %.
Por mais recente e futurista que possa parecer, a história dos veículos movidos a electricidade iniciou-se há mais de um século, nos Estados Unidos e na Europa. Os primeiros veículos eléctricos com baterias de níquel tinham uma autonomia de cerca de 40 km e eram usados maioritariamente por senhoras.
Simultaneamente, circulavam veículos a vapor e de combustão – mas chegou a existir, nas cidades, um número superior aos restantes de veículos eléctricos. Com a revolução que o famoso modelo T da Ford impôs, a gasolina e apresentando-se como uma alternativa muito atractiva em termos de preço, houve uma total mudança no paradigma.
“Não há experiência igual à de conduzir um veículo eléctrico”
Lidar com a falta de postos de carga rápida (PCR) é, para Henrique Sanchez, a grande desvantagem dos VE’s. Neste momento, só há meia dúzia de PCR’s públicos no país e cerca de 1300 postos de carga lenta. Os PCR demoram cerca de 30 minutos a carregar o veículo, enquanto os de carga lenta chegam a demorar entre seis a oito horas, o que torna muito difíceis – senão impossíveis – as viagens mais longas. No âmbito do MOBI.E, chegaram a ser comprados 50 PCR’s que nunca foram instalados.
Este reformado bancário de 60 anos conduz um VE desde Novembro de 2011. “O que me levou inicialmente a procurar este tipo de carro foram as preocupações ambientais”. Actualmente, carrega o seu carro durante a noite, em tarifa bi-horária, o que o faz gastar cerca de 1.10 euros por 100 km. “Consigo perfeitamente fazer a minha vida diária com este carro. As pessoas têm a ideia de que deixamos de fazer coisas porque estamos limitados – é mentira. Apenas é necessária uma organização diferente: por exemplo, escolher um cinema que tenha um posto de carga ao pé.”
Apesar deste cuidado acrescido, para este utilizador as vantagens dos VE’s ultrapassam claramente as desvantagens. “Não há experiência igual à de conduzir um veículo eléctrico: sem cheiros, sem gases, sem poluição ambiental ou sonora. Ouvir música num VE é completamente diferente, passear dentro deste carro e ainda assim ouvir a natureza é impagável”.
O núcleo familiar de Henrique também se está a render aos VE’s. “A minha mulher também já conduz um carro eléctrico. Nestas férias, vou trocar de carro com o meu irmão por não haver PCR’s a caminho do Algarve – foi a alternativa que arranjei, mas pode ser que ele também se converta.”
Actualmente, há veículos eléctricos para os diferentes bolsos. Com 22.000 euros é possível comprar um VE. E, com 120.000, já se pode adquirir um Tesla, o melhor veículo eléctrico do mundo com uma autonomia de 500 km.
Henrique Sanchez não poupa elogios à mobilidade eléctrica e nem sonha em voltar atrás nesta opção. “Desde que fiz o test drive, na Páscoa de 2011, tive a certeza de que não voltaria aos veículos de combustão”.
Encontro Nacional de veículos eléctricos
Quem quiser passar pela mesma experiência, pode dirigir-se este fim-de-semana ao Parque das Nações, em Lisboa, onde terá lugar o encontro Nacional de Veículos Eléctricos e poderá, entre outras actividades, fazer test drives gratuitos à maioria de VE’s disponíveis no mercado português.
Desde 2012 que se têm realizado alguns encontros nacionais e regionais mas este será o maior até à data. Segundo a organização, já estão inscritos 170 veículos que se deslocarão até Lisboa com a promessa de que a emissão de gases será… zero.
FONTE: SOL
Júlio_N- Mensagens : 1323
Data de inscrição : 05/09/2014
Localização : Fanzeres-Gondomar
Marca: : Suzuki
Modelo: : Burgman AN 650
Re: Veículos eléctricos: vendas em 2015 já ultrapassaram as do ano passado
Claro, com a gasolina a subir todas as semanas
A.Pereira- Mensagens : 2150
Data de inscrição : 29/11/2011
Localização : Porto
Marca: : Honda
Modelo: : PCX
Re: Veículos eléctricos: vendas em 2015 já ultrapassaram as do ano passado
E a tendência é sempre a subir
Eletrico- Mensagens : 203
Data de inscrição : 20/12/2014
Localização : Vila do Conde
Marca: : BMW
Modelo: : C Evolution
Governo troca carros convencionais por elétricos
Programa entrará em vigor dentro de um mês de forma progressiva e é alargado a toda a administração pública.
O Governo vai substituir os veículos convencionais usados pela administração pública por veículos elétricos, através de um programa que deverá arrancar dentro de um mês, anunciou hoje, em Torres Vedras, o secretário de Estado da Energia.
"O Governo está a preparar um programa para trocar veículos convencionais por veículos elétricos na administração pública", afirmou Artur Trindade, adiantando que o programa está a ser ultimado e deverá entrar em vigor dentro de um mês, de forma progressiva.
O secretário de Estado da Energia falava na sessão de abertura da conferência final do projeto internacional Repute (Empresa de Transportes Públicos Renováveis), que tem vindo a trabalhar no desenvolvimento de um projeto-piloto, considerado único por articular os setores público e privado.
Segundo o governante, se se adotar o uso do veículo elétrico na administração pública, "a fatura com combustíveis reduz drasticamente".
"Estamos a falar de um veículo que consome um ou dois euros por cem quilómetros comparado com um veículo tradicional que consome muito mais", explicou Artur Trindade
Além disso, "vai favorecer os cidadãos através da diminuição da despesa pública, quer através da melhoria da 'performance' energética e ambiental do país, ao reduzir o consumo de energia e a pegada de carbono".
A região Oeste integra o projeto-piloto do Repute, estando a desenvolver o programa 'Move Oeste', através da aquisição de 12 veículos elétricos, um por cada município, e disponibilizando-os para testarem o seu uso.
O Governo vai substituir os veículos convencionais usados pela administração pública por veículos elétricos, através de um programa que deverá arrancar dentro de um mês, anunciou hoje, em Torres Vedras, o secretário de Estado da Energia.
"O Governo está a preparar um programa para trocar veículos convencionais por veículos elétricos na administração pública", afirmou Artur Trindade, adiantando que o programa está a ser ultimado e deverá entrar em vigor dentro de um mês, de forma progressiva.
O secretário de Estado da Energia falava na sessão de abertura da conferência final do projeto internacional Repute (Empresa de Transportes Públicos Renováveis), que tem vindo a trabalhar no desenvolvimento de um projeto-piloto, considerado único por articular os setores público e privado.
Segundo o governante, se se adotar o uso do veículo elétrico na administração pública, "a fatura com combustíveis reduz drasticamente".
"Estamos a falar de um veículo que consome um ou dois euros por cem quilómetros comparado com um veículo tradicional que consome muito mais", explicou Artur Trindade
Além disso, "vai favorecer os cidadãos através da diminuição da despesa pública, quer através da melhoria da 'performance' energética e ambiental do país, ao reduzir o consumo de energia e a pegada de carbono".
A região Oeste integra o projeto-piloto do Repute, estando a desenvolver o programa 'Move Oeste', através da aquisição de 12 veículos elétricos, um por cada município, e disponibilizando-os para testarem o seu uso.
Cristina Nogueira- Mensagens : 2322
Data de inscrição : 09/06/2013
Localização : Fanzeres-Gondomar
Marca: : Suzuki
Modelo: : Burgman AN 650
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