Venda de cartas de condução com mais de cem arguidos
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Venda de cartas de condução com mais de cem arguidos
Processo sobre venda de cartas de condução com mais de cem arguidos
Mais de cem pessoas já foram constituídas arguidas no âmbito do inquérito gerado pela operação "Carta Branca", que está a decorrer no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, relacionada com a venda de cartas de condução.
A informação consta de um acórdão do Tribunal da Relação do Porto que confirma a decisão do juiz de instrução de decretar a excecional complexidade do processo, alargando para um ano o prazo de prisão preventiva sem que tenha sido deduzida acusação.
"O processo principal encontra-se em claro crescendo, sendo ainda patente o caráter altamente organizado e a dispersão territorial dos coarguidos (sendo alguns, mesmo, emigrantes)", lê-se no acórdão, datado de 18 de dezembro.
Segundo o Ministério Público, naquela altura já haviam sido constituídos 112 arguidos, tendo o processo 31 volumes e diversos anexos, contendo exames periciais, depoimentos de testemunhas e outras diligências de prova.
O elevado número de intervenientes, a "extensa e complexa" factualidade em investigação e a dispersão territorial dos factos foram alguns dos motivos que levaram o juiz de instrução a declarar a excecional complexidade do processo.
A operação "Carta Branca" foi desencadeada em julho de 2013, quando a Polícia Judiciária (PJ) deteve 24 pessoas, na região norte, suspeitas de integrarem uma rede de corrupção que se dedicava a vender cartas de condução a pessoas com dificuldade em conseguir, de forma legítima, esse título.
Entre os detidos, 21 homens e três mulheres, com idades entre os 38 e os 66 anos, estavam examinadores de condução automóvel, instrutores e empresários de escolas de condução.
Os suspeitos foram presentes a primeiro interrogatório judicial, indiciados pela prática dos crimes de corrupção passiva e falsificação de documentos, tendo sido decretada a prisão preventiva para cinco arguidos e a prisão domiciliária para outros três.
Os restantes arguidos ficaram sujeitos a apresentações periódicas, tendo ainda sido determinada a suspensão de funções a 12 arguidos.
A rede envolvia os centros de exames de Mirandela e de Bragança e diversas escolas de condução do norte do país.
Segundo os investigadores, os diretores e sócios-gerentes das escolas de condução eram os "angariadores e mediadores" entre os candidatos a condutores e os examinadores.
Por falta de aptidão na obtenção da carta de condução, os candidatos a condutores pagavam entre 2.500 a 7.500 euros aos diretores ou sócios da escola e, consequentemente ao examinador, para serem "beneficiados" no exame.
Os investigadores estão convencidos de que esta rede atuava há "largos anos", suspeitando-se que haja centenas de alunos provenientes de diversas zonas do país, bem como até emigrantes, que obtiveram a carta de forma fraudulenta.
Publicado a 17 janeiro 2014
Re: Venda de cartas de condução com mais de cem arguidos
Sempre se vendeu e sempre se vai vender
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