Vila Nova de Gaia

O presidente da Câmara de Gaia vai propor, no concurso da EP - Estradas de Portugal, uma travessia pedonal exterior no tabuleiro inferior da ponte Luís I.

O presidente da Câmara de Gaia divulgou esta segunda-feira que aquela autarquia vai propor a inclusão no concurso da EP – Estradas de Portugal de uma travessia pedonal exterior no tabuleiro inferior da ponte Luís I.

“Estamos a tentar introduzir uma travessia pedonal exterior ao tabuleiro”, afirmou hoje Eduardo Vítor Rodrigues, lembrando os ganhos “em termos de segurança, para além da componente turística” de tal intervenção.

O autarca, que defende a construção de “uma travessia externa dos dois lados do tabuleiro”, garante a viabilidade dos estudos de engenharia já feitos pelos serviços.

Segundo a Estradas de Portugal, responsável pelo tabuleiro inferior da ponte Luís I, a obra está atualmente “em fase de elaboração dos projetos de execução”.

No início de fevereiro o presidente da Câmara de Gaia defendia uma intervenção urgente no tabuleiro inferior da ponte Luís I e, em conjunto com o autarca do Porto, recusava apoiar financeiramente a obra que disse ser da responsabilidade da Estradas de Portugal.

Dias depois, a Estradas de Portugal anunciava um concurso público a ser lançado ainda este ano para as obras há muito esperadas e orçadas em 500 mil euros.

A 20 de março foi publicada em Diário da República a autorização de despesa para a contratação do projeto de execução da empreitada que visa a “reparação dos passeios, dos guarda corpos, juntas de dilatação e sistema de drenagem e do pavimento da via” e ainda “intervenções de reparação, tratamento e proteção” da travessia, disse então fonte da EP.

Numa nota enviada a 06 de fevereiro à Lusa, a EP salientava que “a manutenção do tabuleiro rodoviário da ponte Luís I apenas passou para a responsabilidade da empresa em março do ano passado”.

“De imediato a EP realizou uma vistoria ao tabuleiro inferior e nesta inspeção verificou a necessidade de intervenção”, referia a empresa.

O Município de Gaia quer certificar a sardinha da Afurada e criar uma denominação de origem para dinamizar e valorizar a comunidade piscatória. O primeiro passo já foi dado com a apresentação da Lata da Sardinha da Afurada, no dia das Festas de S. Pedro.

"O que pretendemos com este projeto é dar início a um processo de certificação, que visa combinar uma especificidade e identidade local com um projeto que tem muito de empreendedor, inovador e internacionalista desta marca Afurada, da sardinha da Afurada e de Vila Nova de Gaia, contribuindo, também, para trazer mais gente a este lado do rio e valorizar as nossas identidades", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia.

A Lata da Sardinha da Afurada, com uma edição limitada de 200 exemplares, confere mais-valias aos pescadores, às tradições e identidades locais, ao património histórico da freguesia.

"O que pretendemos é dar vida à sardinha da Afurada, prestigiando uma história, a história dos pescadores, do papel fundamental que tiveram para a vida e identidades desta comunidade e, depois, transformar este ato simbólico num momento de valorização de mais um património, material associado à própria sardinha, e imaterial com dimensão identitária", acrescentou o autarca.

A vontade de acrescentar mais-valias à freguesia está na origem, de resto, do convite feito pelo Município de Gaia ao arquiteto Siza Vieira para desenhar a futura Capela da Afurada. "Queremos um equipamento de excelência, um marco arquitetónico para esta zona tão bonita do concelho", disse o presidente da Câmara, realçando: "Nós marcamos o território e as suas gentes com dimensões simbólicas de valorização do espaço, através da conciliação de elementos modernos com as raízes e a tradição".

A essência identitária da comunidade piscatória esteve na origem da concepção da Lata da Sardinha da Afurada embrulhada numa serigrafia, da autoria dos criativos da We Came From Space, empresa apresentada pelo seu presidente, João Marino, como um projeto social de apoio a jovens criadores, uma plataforma de transferência de conhecimentos e investigação em áreas criativas e, ainda, uma incubadora de empresas.

A Lata de Sardinha da Afurada foi concetualizada a partir de pesquisas no seio da comunidade piscatória, onde foram "pescados" os valores, as identidades e as tradições. "Pretendemos preencher uma lata vazia, de caráter artesanal, com tudo que a aproximasse da terra", disse Alejandra Jaña, criadora da We Came from Space.

O ato simbólico associou-se às Festas em Honra de S. Pedro, no próprio dia do padroeiro, e contou com a presença do mestre Ramiro Lapa, presidente da comissão de festas. O pescador aproveitou a ocasião para anunciar o investimento de 170 mil euros, salientar como pontos altos a procissão e o fogo de artifício e enaltecer o apoio do Município de Gaia.

O mestre Ramiro Lapa, presidente da Festas de S. Pedro da Afurada, manifestou a sua satisfação pela homenagem simbólica aos pescadores e reconheceu publicamente o apoio do Município à festividade local.