Uber - Serviço de táxi

A aplicação do serviço brasileiro Wappa de chamada de táxis por telemóvel chega agora a Portugal e passou a estar disponível no passado mês de Julho em Lisboa o serviço que permite chamar um táxi através de um telemóvel ligado à Internet.

O Wappa é uma aplicação lançada no Brasil disponível para o consumidor individual conseguir pedir um táxi atrravés do telemóvel.

É agora a vez de Portugal ter este serviço, mas para já e até ao final do ano esta aplicação só estará disponível para a região de Lisboa, mas depois alargará para a cidade do Porto.

A empresa pretende expandir-se para Espanha e França, Armindo Mota Júnior, um lusodescendente, presidente-executivo da Wappa explicou ao jornal Expresso que “É uma oportunidade para a Wappa, porque a Europa está atrasada em relação ao Brasil neste domínio das aplicações para chamar táxis”.

O serviço vai contribuir para a sua modernização, aumentar as receitas e fazer frente às plataformas na internet de partilha de táxis privados.

O gestor brasileiro sublinha ainda que “Tal como o Uber, as corridas contratadas através do Wappa são feitas através de uma aplicação móvel, só que funciona com taxistas legalizados. Apenas admitimos condutores com o Certificado de Aptidão Profissional atribuído pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e com alvará de taxista".

Segundo Armindo Mota Júnior, o pagamento dos serviços é feito em menos de 48 horas.

A estratégia da Wappa para Portugal será um complemento dos serviços de radiotáxis existentes.

Para o efeito, a empresa brasileira já assinou um acordo de parceria com a Retális (Radio Táxis de Lisboa) e com a Pirâmide e garante que estão em curso negociações com outras centrais de táxis de Lisboa e do Porto.

“No Brasil somos parceiros de 250 centrais. Somos a principal plataforma de táxis e temos mais de 2000 clientes empresariais”, reforça Armindo Mota Júnior.

Vieram de todo o lado. Porto, Matosinhos, Gaia, Valongo, Braga, Santo Tirso, Viana do Castelo, Valença, Santa Maria da Feira. São mais de 800 carros, que estão na manhã desta terça-feira a circular nas principais ruas e avenidas da cidade do Porto — auto-estradas incluídas — para sensibilizar a população para uma luta que, diz José Monteiro, vice-presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), é de toda a justiça: “Só queremos que se cumpra a lei”.

O cenário repete-se nas cidades de Lisboa e Faro, para onde também foram convocados protestos que até esta hora decorrem quase sem incidentes. Apenas na Avenida Gago Coutinho, na capital, se registaram pequenas escaramuças, quando um grupo de taxistas em protesto começou a atirar ovos a colegas que não aderiram à manifestação.

A adesão no Porto “foi muito elevada”, como vaticinou o vice-presidente da ANTRAL, ainda antes do primeiro carro, o dele, sair escoltado pela Divisão de Transito da PSP (que mobilizou para esta operação praticamente todo o seu dispositivo) da Praça Gonçalves Zarco para começar a subir a Avenida da Boavista. “Tanto os patrões de táxi como os funcionários sabem que esta luta é justa”, diz José Monteiro.

O primeiro carro saiu às 9h20. O graduado da PSP da Divisão da Trânsito, que tinha como função fechar a coluna, começou a subir a Avenida da Boavista já passava das 9h45. Foram 20 minutos de buzinões e o troço norte da Avenida da Boavista a encher-se nas duas faixas, rumo ao centro da cidade.

A expectativa era não criar confusões. “Não somos arruaceiros”, diz Aníbal Dias. “Viemos lutar pelo que é nosso”, resume João Polónia, motorista de táxi “desde 1969”.

O percurso previsto, com início na Avenida da Boavista, passagem na Avenida dos Aliados e no Aeroporto Francisco Sá Carneiro e fim na Praça Gonçalves Zarco, vai tomar toda a manhã desta terça-feira. Um forte dispositivo policial foi mobilizado para acompanhar o cortejo de protesto dos taxistas. Para além da Divisão de Trânsito da PSP e da Brigada de Trânsito da GNR (que acompanhará o percurso nas auto-estradas A4, A28 e VRI), também o corpo de intervenção da PSP mobilizou várias unidades móveis. O aeroporto do Porto (onde passará o desfile) é  um dos locais onde há um forte dispositivo de agentes em prevenção.

Em Lisboa, os taxistas buzinam frente ao Aeroporto da Portela, sem que haja registo de quaisquer incidentes. Segundo a agência Lusa, 400 veículos participam no protesto. Não está presente qualquer veículo ao serviço da Uber e a maior parte dos turistas está na fila de espera do aerobus, que faz a ligação entre o aeroporto e vários pontos da capital.

O presidente da ANTRAL, Florêncio de Almeida, apelou a um protesto pacífico, referindo ao PÚBLICO que os taxistas vão “dar uma lição de moral aos profetas que disseram” que a classe é “violenta”. Aos manifestantes, através de um megafone, o dirigente pediu “que a manifestação decorra de uma forma ordeira e pacífica”.

A marcha começou na zona Norte do Parque das Nações, às 8h em ponto, e chegou por volta das 10h à Portela. O protesto segue para o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), na Avenida das Forças Armadas.

Os serviços UberX e UberBlack, pedidos através de uma aplicação móvel que estabelece ligação entre o cliente e um motorista privado ou ao serviço de empresas parceiras da Uber, opera em Lisboa há um ano e há nove meses no Porto. Numa reacção que não é exclusiva a Portugal, a empresa criada nos Estados Unidos e com actividade em mais de 70 países tem enfrentado processos judiciais que contestam a forma como desenvolve a sua actividade.

Os taxistas de Faro também se manifestam nesta terça-feira, sendo que o protesto pretende alertar a opinião pública para estas questões. Nas últimas semanas, têm-se registado casos de insultos de taxistas a motoristas que transportam passageiros que usaram a aplicação móvel.